A região
onde se encontra
a cidade de Bobbio é habitada desde a idade da pedra,
com assentamentos
de tribos lígures, gálicas e, nos últimos anos antes do
nascimento de Cristo, após
sangrentas guerras e deportações, entrou definitivamente
na órbita romana.
Em 614 o
monge irlandês Colombano (em gaélico, Colum), sob
a proteção do rei
longobardo Agilulfo, construiu uma abadia
que, graças
ao seu “Scriptorium”, onde os monges copiavam os códigos
e textos sacros,
acabou por transformar-se em um importante centro
de referência para
a cultura ocidental.
O poder incontestável
do monastério durou até
o século XI,
quando as lutas
políticas, dentro
e fora da Igreja
Católica acabaram por
arrastar a cidade
de Bobbio em um
vai e vem de patrões e proprietários.
Bobbio, que de borgo monástico
acabou virando cidade episcopal, com as figuras
de bispo e abate
representadas por uma única pessoa, entrou em decadência quando esses dois cargos foram
divididos entre duas pessoas diferentes,
operando inclusive a divisão
dos bens. A luta
interna somada aos conflitos
dos novos municípios
que nasciam no território,
levaram em pouco
tempo ao declínio
aquela que um
dia fora uma das cidades
mais importantes
daquela parte da Europa. Em 1230
Piacenza ocupou Bobbio, cujo domínio prosseguiu até
a conquista Viscontea de toda a área lombarda. Sob o
domínio de Voghera, em
1337 foi dada em
feudo aos Dal Verme,
passando aos Savoia na Guerra de Sucessão, tornando-se parte
do Estado Sabaudo. Elevada
a capital de província,
acabou sendo incorporada à Província de Pavia, quando
se constituiu o Reino d’Itália. Em 1923 solicitou e obteve a passagem
à Província de Piacenza, retornando à natural diretiva geográfica de sempre:
o vale do rio Trebbia.
Considerada “Cidade
de Arte”, Bobbio há uma arquitetura
diversificada, com ruínas
e construções romanas, edifícios e castelos
medievais e um
centro histórico
cheio de recantos
e surpresas. Vielas
estreitas que levam a largos amplos e
monumentos históricos.
As atividades
culturais são muitas e não se restringem ao período
mais quente
do ano. Feiras,
festivais de cinema
e artes, festas
e muita movimentação
cultural, fazem de Bobbio uma cidade hospitaleira e agradável,
na antiga “Strada Statale 45”, o caminho entre
Piacenza e Gênova. À época o caminho
mais curto
rumo ao mar.
Às margens do rio Trebbia,
Bobbio também é conhecida pela ponte corcunda. Nunca ouviu falar da ponte
corcunda de Bobbio? Ela foi identificada como uma das paisagens de fundo da
Monalisa (sim, o quadro). Melhor, venha conhecer Bobbio e faça um selfie na
ponte corcunda. Vai parecer a Monalisa.
4 comments:
Allan,
É uma sorte viver em alguns países europeus cercado de cultura e historia milenar. Uma característica encantadora é a arquitetura diversificada.
Adorei conhecer (virtualmente) a cidade de Bobbio, e sobre o quadro, uau, não sabia. Que máximo!
Bjs
Obrigada pelo tour virtual. Quando olho esta arquitetura , parece que estou vendo um filme medieval .
abraço , garoto
Oi Allan, gostei de conhecer um pouco mais da tua bela Piacenza- Bobbio.
Lindas imagens e com certeza se passar ai por perto vou fazer uma foto da ponte, quem sabe viro uma Monalisa no Pós moderno, rs.
Abracos
Incrível Lugar, que para compartilhar algumas das vistas neste post
https://goo.gl/p9pMa5
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