Monday, April 12, 2021

Diário 9.4.2021

 Diário 9.4.2021

Giuseppe Verdi tinha raízes piacentinas. Nasceu aqui perto, em Busseto, na província de Parma, que na época pertencia ao Reino da França. Seus pais eram de pequenos lugarejos da província de Piacenza. Passeava muito por aqui e tinha sempre quem o hospedasse para uma temporada mais longa. Pois foi o veneziano Antonio Vivaldi quem resolveu tirar umas férias na cidade nesses dias. Trouxe as quatro estações – em minúsculo, por não se referir à sua obra mais celebrada. Tivemos do verão ao inverno, com direito a mangas curtas suadas a neve e cachorro tremendo sob o capote. Não, aqui na cidade não nevou, mas nas colinas mais altas da província. Só faltou a neblina. Talvez seja cedo demais para afirmar isso. Quem sabe amanhece que roubaram o mundo do lado de fora da janela.

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E por falar em música, hoje acordei com uma canção que se ouvia em todas as rádios dos anos 70. “Não, eu não consigo/Acreditar/No que aconteceu/É um sonho meu/Nada se acabou...” Desde aquela época não ouvia o Márcio Greyk soltar a voz nesse sucesso. Hoje ouvi. Dentro da minha cabeça. O dia inteiro. Fuçando, descobri que muitos outros artistas gravaram “Impossível acreditar que perdi você”. Entre eles, o Fábio Junior. E lembrei quando o FJ apresentava o programa Hallellujah com o Silvio Brito, na TV Tupi. Volto ao Greyk, que continua trabalhando.

 

Todas as manhãs a música saía pelas janelas abertas a caminho da escola. Era um tempo de janelas abertas e meninada fazendo algazarra. Na volta, a mesma música se misturava com o barulho de panelas de pressão e perfume do feijão pro almoço.

 

É isso, os músicos não morrem. Agora, por exemplo, Vivaldi está vivinho ao meu lado. Vai começar a Primavera.

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