Em
algum lugar um canário canta, um outro morre e ninguém fica sabendo. A vida
acontece à revelia, simplesmente acontece.
É
preciso elaborar perdas e derrotas; é preciso elaborar conquistas e vitórias. É
preciso elaborar. Deixar cada coisa no seu lugar, mesmo que esse lugar já tenha
passado.
Pessoas
vem e vão, o tempo esculpe rugas. Festejando chegadas ou chorando despedidas, colecionamos
momentos. Nos acostumamos aos sonhos, à eterna esperança do evento que mudará
nossas vidas, às casualidades planejadas.
Calendários
e distâncias se fazem saudades; fotos e mensagens, por mais que digam, nunca me
disseram nada que substituisse um abraço. Mudar é não se importar mais;
adaptar-se é aprender a viver com a ausência. E um refazer de malas nos leva a
rever prioridades, encontrar novos caminhos..
O
futuro pisará as pedras que assentamos hoje.
Somos
todos construtores de histórias.
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4 comments:
Linda crônica e lindo te ler..Grande verdade essa: vamos por aí, dia a dia, construindo histórias até que se feche a capa do nosso livro,quando seremos lidos ou lembrados e as histórias continuarão...
abraços praianos,chica
:)
Meus pais foram há 20 anos para Natal, cerca de 2 anos prá cá eles voltaram para o Rio de Janeiro para estarem junto aos filhos. Tentaram se adaptar mas não conseguiram. Ontem chegaram em Natal. Despedidas,coros, nova rugas, novas preocupações...faz parte do ciclo da vida.
Belo texto Allan.
Forte abraço
Excelente! Gostei de ler.
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