A
pequena cidade
de Bettola, nas Colinas Piacentinas, conta com pouco mais de três mil habitantes e está a 329 metros
acima do nível
do mar. O clima
não chega
a ser como nos Alpes, mas
a geografia do lugar
e o rigoroso inverno obriga a comunidade
a considerar Bettola como
sendo uma localidade de montanha.
Na
praça principal,
dedicada a Colombo, encontra-se uma estátua
do navegador e o motivo
da homenagem é bem específico: os bettolenses consideram Colombo um cidadão da localidade. Tal
fato gera não
pouca polêmica com
Gênova, a cidade tida como berço do
descobridor. O próprio Colombo não
ajudou a esclarecer suas
raízes, tendo deixado poucos documentos e nenhum
que indique o local
de nascimento. Quando mudou-se para a Espanha, Cristoforo Colombo tornou-se espanhol para todos os efeitos,
chegando mesmo a mudar
o nome para
Cristobal Colòn. Apesar de a sua origem mais acreditada
ser a cidade
lígure de Gênova, é quase certo que a família do navegador
fosse realmente de Bettola, mais precisamente
de Pradello, um distrito
da cidade, onde
existe uma torre medieval
que desde
sempre é chamada
Torre dos Colombo, onde
muitos garantem ter
nascido o grande descobridor.
Polêmicas
à parte, Bettola é uma cidade agradável
e de boa comida. “Pisarei e fasò”, “anolini in
brodo” e “salame cotto” são
alguns dos pratos
típicos da região,
assim como
o vinho Gutturnio, um
tinto frisante muito
apreciado por aqui.
Cortada ao meio
pelo riacho
Nure, oferece um clima
fresco durante
o verão abafado da província.
Típico borgo agrícola,
a cidade é circundada por vinhedos, campos e árvores
de castanhas, nozes
e alguns raros
exemplares de carvalho
de cortiça.
Desenvolvido em meados do século V, Bettola era
local de descanso
na rota comercial
entre Piacenza e Gênova. Por volta do ano 1000, o monastério
piacentino de San Savino possuía diversas terras
e fortalezas na zona,
pela posição
estratégica de conexão
entre a montanha
e a planície. O nome
da cidade significa “osteria”, local
de descanso e etapa
aos que subiam ou
desciam o vale do Nure. No início
do século XX Bettola era um importante centro
de trocas para
todo o vale, com uma grande feira de animais
às segundas-feiras, na praça principal (que nasceu
ampla justamente
para abrigar a feira).
Um hábito
difuso nos
restaurantes e trattorias locais é oferecer uma merenda
no final da tarde,
em substituição
ao jantar. Nesse caso,
os sabores predominantes se concentram nos produtos locais, como os
queijos, a ricotta e os embutidos (salames,
coppa, pancetta) acompanhados da típica
“bortellina” ou
“torta fritta”, um
tipo de massa
para pastel frita em banha de porco.
Se a merenda for acompanhada por
um copo
de Gutturnio ou do Ortrugo produzidos na
região, não
há como não
sentir-se bettolense.
http://www.comune.bettola.pc.it
1 comment:
Allan, acho que eu adoraria viver na Italia, como é linda.
Alias, tantos lugares na Europa.
Outro dia vi fotos da Romenia, uauuuuu, lindíssima!
Bjs
Post a Comment