Tuesday, November 22, 2016

Sugestão para o Natal das crianças





Se você está começando a pensar no que dar de presente para aquele amigo ou parente com filhos pequenos, fica a dica do meu livro “e s t ó r i a s malucas para Bianca e Luiza”. São estorinhas que criei para as minhas filhas e que publiquei neste 2016, mais de vinte anos depois de tê-lo escrito.

É simples, você vai no site do Clube de Autores, compra, recebe em casa, lê para as crianças ou dá de presente. Fácil, não?

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A estorinha abaixo faz parte do livro. Uma amostra grátis do presente.


O NARIZ



Era uma vez um nariz.

Era um nariz muito triste, pois ele vivia sozinho e não tinha com quem conversar ou brincar. Vivia calado, mal cheirava e nem ao menos suspirava.

Um dia, não aguentando mais a tristeza, ele disse:

▬ Ai, que tristeza é estar sozinho!

Então ele ouviu uma voz:

▬ Ei! Que história é essa de estar sozinho?  E eu aqui?  Não conto não, é?

▬ Quem está falando? - Perguntou o nariz.

▬ Eu, o olho esquerdo.

▬ Puxa! Eu não sabia que você estava aí. Me desculpe.

▬ Também, você nunca olha pra lado nenhum. Só pra onde o seu nariz aponta.

▬ Eu sou um nariz, né? Tenho que olhar para a frente. Mas é legal saber que você está aí. Agora não estou mais sozinho.

▬ Sozinho? Quer dizer que você nunca viu o olho direito?

E o nariz virou rapidamente para o outro lado.

▬ Puxa! Outro olho! Isso aqui está melhor do que eu podia imaginar.

▬ Tudo bem, nariz? Eu sou o olho direito.

▬ Olá, olho direito. É legal conhecer você também. Você está aí há muito tempo?

▬ O mesmo tempo que você. É legal conhecer você também, mas eu já te vejo há muito tempo.

Nessa hora, vem uma voz lá de baixo:

▬ Ei! Ninguém vai falar de mim não, é?

E o nariz, virando-se para baixo:

▬ Tem mais alguém aí?

▬ Claro que tem, eu sou a boca. Ou você já viu um nariz sem uma boca?

▬ É, tem razão. Eu devia ter imaginado que haveria uma boca em algum lugar.

▬ Puxa, nariz! Você é mesmo desligado, hein? Achar que estava sozinho. Onde já se viu? Ainda mais num lugar tão cheio assim.

▬ Esperem aí: se tem boca, olho direito, olho esquerdo e nariz, deve haver orelhas também.

Lá do canto alguém respondeu:

▬ Até que enfim alguém se lembrou de nós.

▬ É isso mesmo! - Disse uma voz do outro canto.

E o nariz, se virando de um lado e para o outro:

▬ Olá, orelhas. Que bom que vocês estão aí. Abanem um pouquinho para eu ver.

▬ Tá nos chamando de orelha de abano, é? Mal nos conhece e já está implicando com a gente.

▬ Desculpem. Eu não estou implicando não. É que de onde estou fica difícil saber como vocês são. Desculpem.

Então o nariz teve uma grande idéia:

▬ Ei, pessoal! Vamos fazer uma festa? Isso aqui está tão cheio que vai ser divertido.

▬ Boa idéia! - Disse a boca.

▬ Isso mesmo! - gritaram todos.

E fizeram uma festa danada de boa. Tinha muita comida, suco, bolo, balões e chapéus coloridos.

O nariz estava todo contente com os seus novos amigos. E a boca não parava de comer. Todos brincavam, cantavam e se divertiam pra valer.

O nariz nunca mais se sentiu sozinho e todos viveram felizes para sempre.


FIM

 

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1 comment:

Anonymous said...

tio,
conta mais, tio

pedro luis