Finalmente sobrou
coragem para denunciar o que todo mundo já sabia:
a burocracia e a ignorância freiam
a economia italiana. Eis alguns exemplos:
Segundo uma matéria do jornalista Carlo
Andrea Finotto, do jornal Il Sole 24 Ore e a
coluna do jornalista e consultor Walter Passerini
no jornal La Stampa, a rede de artigos esportivos Decathlon
desistiu do investimento de 30 milhões de euros em
Brugherio, próximo a Milão, depois de oito anos de
odisseia burocrática. O projeto estava
inserido na construção de um parque esportivo público que
abrigaria uma loja da rede e a sede da empresa na Itália.
Tal investimento
geraria 250 novos empregos.
Mais: a
Ikea desistiu do investimento de 60 milhões de euros e 300 empregos que faria em Pisa, depois de seis anos
lutando contra documentos, a administração pública e inexplicáveis e infinitos controles; o
gaseificador da British (empresa de gás) em
Brindisi, um investimento de 800
milhões de euros e 1000
novos empregos, também não sairá
do papel: depois de 11 anos de tormentos burocráticos a empresa viu-se
obrigada a bater em retirada; a
Fileni, grande produtora de frango, está
desistindo de montar uma nova granja na região de
Macerata, por oposição dos comitês populares. A medida vai impedir a criação de 150 novos empregos; a
Tecnoplastica, na Valtellina (norte da Itália)
pretendia ampliar sua estrutura a 2 quilômetros da sede mas foi
impedida. Falta atualizar o plano de uso do solo e a empresa (5 milhões de
faturado e 50 dependentes) está avaliando a
possibilidade de transferir-se para a Suiça.
São investimentos que fazem diferença no momento que a Itália está
vivendo, mas nada parece ser capaz de minimizar a
obtusidade administrativa italiana. A lista não se
concluiu com os exemplos acima, mas seria impossível completá-la
num país com normas tão arcaicas quanto desestimulantes.
Passerini finaliza com uma frase que deveria estimular debates e provocar mudanças:
“Não se pode trocar novos empregos por menos saúde e segurança, mas tampouco perdê-los por estupidez”. …Pizza?
.
5 comments:
gostei do que disse Passerini...voce sempre nos informa de coisas que mtad vezes as pessoas ou nao sabem ou pior, nao ligam...
abraço
vem pro vietnam e vc vai achar a Itália uma zogue. juro! Só as motos enlouquecidas são parecidas...
Que absurdo!
Isso sim é que é primeiro mundo.
Sempre achei que a Itália fosse uma democracia; acabo de descobrir que é uma burocracia extremista.
:*
Allan, sempre digo que se nao fosse pela burocracia muito acirrada a Italia estaria em uma situaçao melhor... infelizmente, coisas simples e faceis de serem resolvidas acabam se transformando em um problema sem soluçao.
Vai gerar empregos? Deve ser esse o motivo. Cresce a fama de que italiano não gosta de trabalhar... ooops. a fama da burocracia italiana. Até mesmo Gianni Alemanno reclamou da burocracia em relação ao começo das obras de restauração do Coliseu que coloca em risco a segurança do monumento.
Bom restinho de semana!! Beijus,
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