Caros e Caras,
Paz e saúde!
Algumas curiosidades encontradas entre as notícias:
Um jovem britânico envia um sms a um amigo: “Tommy Gun? Ok – então combinamos o preço e decidimos que um jato de linha vale dez prisioneiros”. Alguns dias depois, a polícia anti terrorismo invade o escritório dele. Os agentes de Sua Majestade querem saber o significado daquela mensagem. O rapaz explica que é uma citação de uma música do grupo Clash, mas convencer os investigadores foi um pouco difícil. Após as desculpas, a única certeza que restou é que na Inglaterra sms, e-mail e telefonemas são filtrados por um super computador capaz de individuar palavras suspeitas (“avião”, “pistola”, “reféns” etc.) em detrimento da tão propalada lei que regula o direito à privacidade. (Marco Pratellesi)
A cidade de Faluja, no Iraque, foi palco de um verdadeiro massacre civil no início de abril deste ano com mais de setecentos iraquianos mortos, entre os quais, muitas mulheres e crianças, numa desproporcional represália americana. Segundo Washington, “terroristas estrangeiros” refugiados na cidade sunita haviam assassinado quatro civis americanos e arrastado seus corpos pelas ruas da cidade, aparentemente com o apoio da população. O que se sabe agora é que os tais civis não eram tão civis assim. Durante missões de patrulhamento na região, algumas mulheres foram presas para averiguações e interrogatórios. Os civis participavam ativamente das prisões e dos interrogatórios. E dos estupros que se seguiram. Uma vez soltas, algumas daquelas mulheres, grávidas, não puderam esconder da família a situação de vergonha e violência por que passaram. Os indignados chefes das tribos de Faluja decidiram, então, lavar a honra com sangue. Possivelmente as próprias mulheres estupradas, além dos quatro civis, foram mortas. Essa hipótese já circulava e Bagdad antes que viesse à tona o escândalo na prisão de Abu Ghraib. E agora algumas confirmações indiretas a tornam plausível. (Eri Garuti)
A figura de Buda sobre biquinis ofende a moral e o sentimento da maioria da população do Sri Lanka. A corte suprema daquele país acolheu os argumentos do monge budista Daranaagama Kusaladhamma, proibindo a importação e o uso de roupas de banho com a imagem de Buda. Desse modo, as senhoritas cingalesas e turistas americanas e européias não poderão usar a peça que começava a tornar-se o trendy do verão. Os monges se empolgaram com a vitória e decidiram apresentar outra proposta de lei, proibindo a conversão não ética (obtida com dinheiro ou outros meios sutís de persuasão) para tentar evitar a proliferação de diversas “igrejas” que pipocam naquele país. No entanto desobedecem as últimas vontades do líder morto há pouco, Malwatte Maha Nayaka Thero, histórico líder budista que, pouco antes de morrer, havia feito uma recomendação aos monges para que vivessem mais nos templos e menos nos corredores do poder. (Paolo Affatato)
Hope Clarke, uma professora de Riverton (Wyoming) estava fazendo um cruzeiro no Caribe quando foi acordada às seis e meia na sua cabine, algemada e levada diante um juiz em trajes de dormir. O crime? No ano passado não teria jogado fora um doce e um chocolate quente antes de entrar no Parque de Yellowstone e recusou-se a pagar uma multa de cinquenta dólares pela desobediência. Naquele instante, a simples sanção transformou-se em crime federal. (Casper Star Tribune)
Uma foto. A dedicatória: “To: Luigi Nono, Thank you for early commitment and dedication as a Charter Member of the campaign in California. Grassroots leaders like you are the key to building a winning team. Best Wishes, Laura Bush, George W. Bush”. Detalhes: Luigi Nono, compositor italiano jamais morou nos Estados Unidos (esteve algumas vezes a passeio ou para apresentar-se), não recebeu o direito de voto daquele país, sempre foi conhecido por suas posições extremamente comunistas e faleceu há algum tempo. Típico mico eleitoral americano. (Luca Fontana)
Aliona Pisklova é uma adolescente de Domodedovo (próximo a Moscou). Sessenta quilos, um metro e sessenta e quatro, medidas: 90-75-100. Um colega de escola resolve fazer uma brincadeira e envia uma foto dela a www.miss.rambler.ru, o site que seleciona on line as candidatas russas. No primeiro dia a página de Aliona recebe mais de dez mil visitas e quase todos dão a garota a pontuação máxima. Logo a fofinha estudante vira um símbolo da luta feminista, no global e todos os tipos de contestadores contra o “mundo Barbie” onde somente as bonecas 90-60-90 têm cidadania. Sem saber, Aliona vira uma star. Quando a notícia finalmente chega na escola de Domodedovo, a garota visita o site na internet para descobrir que com quarenta mil votos é a vencedora da seleção russa de Miss Universo. Bem-humorada, entra na brincadeira e se deixa fotografar com a frase “Barbie no pasaran!” estampada na camiseta. A agência americana que organiza o concurso, a Firebisrd Productions está aterrorizada. Mas a salvação vem do regulamento: podem participar somente maiores de idade, e Aliona tem apenas quinze anos. No lugar dela, em Quito desfila Xenia Kustova, cinquenta e cinco quilos divididos em um metro e oitenta. Barbie venceu, mas a internet lhe provocou uma bela diarréia. (Stefano Montefiori)
* * *
Recado ao amigo Vitor: Fiz uma besteira e lembrei de você. Não pela besteira em si, mas por ser na tua esfera profissional não pude evitar a lembrança, além da certeza de que se tivesse lembrado de você antes, não teria feito a besteira: comprei uns cds para as meninas e aproveitei para trazer algumas novidades. Escutei o “Mil Verões” do Carlinhos Brown e, em seguida, “Musicology” do Prince. Não pude deixar de tentar uma comparação entre os dois e me arrependi. Se tivesse lembrado antes de você teria feito o caminho inverso. Há muito Prince estava devendo um trabalho a altura da qualidade do soul que fez a fama dele, e este cd resgata um pouco do Prince dos velhos tempos. Mas Carlinhos Brown é incomparável. Depois de ouvir o cd dele, qualquer outro músico perde o brilho.
Ciao.
7 comments:
Cara, cheguei agora em Berlin e li teus posts. Morri de rir com as notícias. Quanto ao Carlinhos Brown, você tem razão. Aliás, nunca duvidei que ele fosse menos que qualquer americano famoso, Prince incluso. Abração, Vitor
Allan, os americanos parcem fadados a pagar micos, mas aquela notícia sobre a Barbie russa tá ótima! ...E aquela inglesa me faz pensar como eles se assustam pelos resultados das próprias ações. Pois é...!
E eu me perguntava o que fazia acordado de madrugada diante do computador. Agora eu sei: queria ver as novidades! Obrigado!
Arbex
Café quente, pijama, silêncio de inverno e um passeio pelo mundo. Viajei nos teus textos! Li todos, mas resolvi deixar minha mensagem no mais recente, por segurança. Perguntinha de um milhão de dólares: Porque você não escreve profissionalmente?
Quer dizer: porque você não aproveita para ganhar algum dinheiro, já que você escreve melhor que muitos profissionais?
Lenine
Uma boa forma de começar o dia é receber tua Carta. Concordo contigo sobre o Carlinhos. É incrível ser considerado coragem afirmar que o cd de Brown tá melhor do que o de Prince. Ao que parece santo de casa continua a não fazer milagre. Naldinho www.mblog.com/singrando
PS:obrigado por tua visita. Me senti autorizado e abri teu link no Singrando. Abraços.
Ho abitato in Italia per alcuni anni e sono tornato in Brasile nel 2000. Anche se cono contento d'essere a casa mia, ogni tanto mi manca la cultura, la storia, la cucina e la gente di quel Paese. Nelle tue carte mi sono ritrovato lo stesso clima e gli stessi argomenti che tanto mi hanno affascinato. Grazie!
Diogo
diogom@uol.com.br
Vim checar. Li. Gostei. Fica uma impressão meio melancólica, meio divertida, mas, acima de tudo, fica a certeza de que você é uma pessoa muito observadora. Chego mesmo a pensar que você é uma mulher com um pseudônimo. Acertei?
Marina Lima marinalima@uol.com.br
Ciao Allan!
Obrigado pela visita no meu blog, vim retribuir e gostei, alias, gostei muito!
Abraçao
Daiza
www.farofananeve.blogger.com.br
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