A situação política nos países árabes tem me preocupado. Tanto pelas pessoas conhecidas que moram nos países envolvidos como pelo futuro incerto. O risco do poder cair nas mãos de algum grupo fanático só será evitado se a as pessoas continuarem atentas. E quando escrevo "fanático" não faço distinção entre quem usa a religião como instrumento de manobra ou a democracia como argumento para apropriar-se do controle. O povo árabe tem sua própria cultura. Rica e diferente da cultura ocidental, mas não inferior. Sei que é uma afirmação que exprime um lugar comum, mas não tenho uma frase de efeito para cada situação.
Por outro lado, há quem encontre sempre um modo de rir da situação. Ontem, sexta-feira, estava tomando café em um bar de Cremona, a cidade de Stradivarius, ouvindo a conversa de dois idosos. Eles se lamentavam do desembarque de milhares de clandestinos em Lampedusa, que virou uma imensa procissão depois da queda de Ben Ali, o ex-presidente da Tunísia. Um deles disse que sentia inveja de toda aquela mobilização para derrubar ditadores e que seria útil aos italianos absorver e utilizar o exemplo. O outro retrucou que com o povo italiano não daria certo e o primeiro respondeu:
– Então é melhor deixar os clandestinos entrar. Quando tiver muito árabe aqui, quem sabe eles conseguem fazer cair o governo?
E o outro concluiu:
– Hum... Sei não. Eles podem se contaminar com o nosso hábito de se acomodar. Minha última esperança é o calendário Maia.
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4 comments:
obrigada pelo carinho e pela preocupacao...
E os que levam o mundo com leveza parece que sofrem um tantinho menos...
meu querido Allan obrigada pelos teus comentarios, estive sem Inernet uns dias, e agora aqui acho mais que bom teu texto!
um gde abraçO
Realmente essa revolta no mundo arabe vai ser um problema. Acredito que va mudar a situaçao politica do mundo. Ja escrevi sobre isso também no meu blog.
Bem interessante o seu post.
Druida
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