Caros e Caras,
Paz e saúde!
Uma característica pouco percebida dos súditos dos césares (desde sempre, tem sempre um césar comandando) é a escassa opção de petiscos. Sentar em um bar e tomar uma cerveja ou um aperitivo acompanhado de um tira-gosto pode frustrar. Nisso eles têm muito a aprender com os primos espanhóis, criativos inventores de tapas (tira-gosto espanhol) em qualquer situação. Por outro lado, a qualidade dos poucos tira-gostos acabam fazendo fama. Como a bruschetta, por exemplo. Experimente.
Pão pugliese (o pão italiano encontrado com facilidade no Brasil, grande e redondo)
Alho
Azeite de oliva
Sal
Tomate
Mozzarella
Manjericão
Acenda o forno e deixe-o aquecer. Corte ao meio um dente de alho. Corte o pão em fatias e esfregue um pouco de alho em ambos os lados de cada fatia. Aqueça uma frigideira grande, junte um fio de azeite de oliva e comece a tostar as fatias de pão. Uma vez que todas as fatias foram tostadas, ajeite-as em uma assadeira, cubra-as com o tomate e a mozzarella picados, adicione uma pitada de sal e umas folhas de majericão. Quando o forno estiver bem aquecido, coloque a assadeira no fogo e deixe por alguns minutos. Peça para alguém trazer a cerveja (você não vai querer fazer tudo sozinho, vai?) e bom apetite.
As variações da bruschetta têm o limite da imaginação. Há quem não as leve ao forno, quem não come alho de jeito nehum, quem prefira o alho passado na frigideira – que acaba grudando e queimando tudo – e quem não adiciona nenhum tipo de queijo (a da foto tem só tomate e scalogno, um tipo de cebola, devorada na Birreria Christiania, um bar da cidade). As variantes - que incluem o que tiver na geladeira - depende da imaginação e das sobras, mas comer bruschetta é uma unanimidade nacional. Das poucas.
Ciao.
14 comments:
Allan, unanimidade na Italia seria uma utopia maior que fazer do Brasil um pais sério. Por sorte, digo eu. Aqui cada pedacinho de 10 km quadrados é um mundo de tradições proprias. De qualquer modo a bruschetta é realmente uma delicia e um perigo, como tudo que é bom.
Puxa Allan! Eu leio esse post justo quando estou com fome?? Agora quero chegar em casa e fazer bruschetta - agora pergunte com q queijo q aqui pelas bandas da Asia, isso eh raridade...
Soh de pensar no azeite, no manjericao e no queijo, jah fiquei voraz de fome...
Decepção.. comprar o pão? POis farei um! ;-)
Angela
Sua carta à Isabella é tão linda que me deu uma esperança toda transparente...vou dormir no tapete!
Nossa, Allan! Parece delioso mas só tem um problema eu sou uma fresca :( Posso comer só o pão italiano com manteiga? rs Beijos!
Acabo de descobrir seu blog e estou literalmente encantada!
Parabéns! Virei fã de carteirinha!
Valderez
Você boicotou o meu regime! Lendo a receita me dei conta que tinha todos os ingredientes em casa e não resiti. Ficou ótima!
Experimentarei amanhã mesmo.
Ai! Que fooooome! Pena que eu nao tenho forno aqui! Ai que delíciaaaaa! Hum acho que tem esse pao em algum restaurante por aqui, vou procurar e depois te conto!
Allan,
Eu adoro bruschetta, ja preparei assim 'pelo rumo', agora vou tentar outra vez seguindo a sua receita.
Abracos
Leila
Guardei a receita! ADORO todos os ingredientes!
As tapas daqui são pecaminosas!
Vou experimentar essa idéia de tostar o pão antes na frigideira, já que o resto faço igualzinho à tua receita. O tostatinho, indispensável, eu consigo usando o "grill" da parte de cima do forno (ou então, quando não tem "grill", trapaceio e passo as fatias diretamente sobre o fogo). Minha bruschetta preferida é, sem dúvida, a de tomates com manjericão -- e um belo fio de azeite extravirgem.
Essa de tostar o pão na frigeira antes de levar ao forno eu não conhecia. Vou testar! Que delícia! Uma perguntinha: fica legal trocar o azeite por outro óleo, como o de canola, por exemplo? Você vai achar um sacrilégio (todo mundo acha), mas é que eu não suporto o gosto do azeite e isso limita muita coisa. Amei essa receita!
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