Tenho uma certa resistência com vinhos brancos. Entre um vinho branco desconhecido e uma cerveja, escolho a última. Já apreciava um bom tinto muito antes de vir morar na Itália, mas o efeito osmótico me empurrou a experimentar novos sabores. Definitivamente a palavra vinho é sinônimo de vinho tinto. Raramente tomo um branco, à exceção de um bom verdicchio e dos espumantes (servidos durante o antipasto em qualquer refeição). No fim de ano escolho com carinho o Champagne com o qual iremos brindar a chegada do novo ano, mas champagne e espumante são produtos à parte no argumento vinho.
Como não ficaria bem tomar cerveja na exclusivíssima ceia do dia 31 e o prato principal era à base de camarão, optei por um Ortrugo DOC (Denominação de Origem Controlada) das Colinas Piacentinas, o Armonia, da Cantina Valtidone, em Borgonovo Val Tidone, província de Piacenza. Foi uma feliz descoberta, o que colabora para reduzir a minha resistência aos brancos. Trata-se de um vinho produzido com uvas ortrugo – uma qualidade autóctone das colinas piacentinas – de sabor frutado, seco, de muita personalidade e cor palha (paglierino), tendente ao verde. Frisante, e não espumante. Os enólogos o aconselham como aperitivo e combinado com primeiros pratos delicados, peixe de água doce e verduras, mas não dou muita bola para conselhos e ficou ótimo com o camarão.
Se tiver a oportunidade, não deixe de degustar. Tin, tin!
Allan, assim vc me mata... de vontade de voltar à Itália! Vinho de uva ortrugo (q eu nunca ouvi falar, by the way)? Aaaaaa!...
ReplyDeleteTintim com meu vinho de abacaxi. :)
Também prefiro os tintos, mas estou sempre aberta a novas opções. Obrigada pela dica!
ReplyDeleteOlá, Allan
ReplyDeleteSeu blog esta muito bacana, parabéns!
Te adicionei em meu blog.
Abraços,
Allan,
ReplyDeleteBoa dica essa. Eu amo vinho, mas admito que prefiro o branco estilo prosecco. Vou inserir esse vinho na minha lista!
Feliz ano novo para vc e toda a sua família.
bacio, Erica
Oi, amigo! Que dica deliciosa! Estou com muuuuita vontade de tomar um vinho italiano, pois estou lendo um livro onde a personagem principal cozinha muito e dá ótimas dicas dos vinhos toscanos (além das receitinhas dela). Agora que vc deu a dica, já está anotado para minhas comprinhas na Itália, que farei em breve! Tin tin!\o/
ReplyDeleteBacio!
Lili.
Eu também não gosto de vinho branco, mas eu tenho que confessar que para preparar alguns pratos (doces e salgados) eles são muito bons.
ReplyDeleteBacio
Olá Allan adorei suas postagens, principalmente do diálogo com sua filha. Aqui em Roma passo pelas mesmas coisas com filhas adolescentes.
ReplyDeleteAbraços
Ester
Na minha lista de coisas para 2011.... esta: aprender a conhecer os vinhos e (tentar) fazer algum curso..rsss
ReplyDeleteUm maravilhoso 2011!!!!
Gi!
Os vinhos de Piacentini chamado Colli são bem qualificados e tenho certeza que a sua escolha foi bem feita! Prefiro os tintos, mas abro exceções e não ligo muito para combinações - sigo algumas regrinhas básicas, mas acredito no paladar como melhor indicativo para complementar sem brigas a bebida com o prato.
ReplyDeleteE por falar em "DOC", parece que os produtos italianos superaram os franceses e neste natal, recebi do meu amigo Pietro, uma caixa de laranjas vermelhas e ele muito orgulhoso disse que aquela fruta tem selinho "IGP" - Indicação Geográfica Protegida - nossa, a minha imaginação logo se soltou, pensando que é certo, pois se nós andamos por aí portando identidade, porque não os produtos naturais comestíveis?
Beijus,
Adoro os brancos. Meu paladar precisa amadurecer muito ate que eu consiga entender os aromas e sabores dos tintos.
ReplyDeleteMas eu vou tentando, vou tomando...e vou caindo...
:-)
Só recentemente, no Brasil, as pessoas passaram a consumir mais vinho, a maioria ainda bebe cerveja ou destilados.
ReplyDeleteDizem que ao envelhecermos migramos da cerveja para o vinho, se é assim, constato que envelheci antes do tempo.
Manoel Carlos